Simulador de direção ou um “troço”?
Acompanhamos com surpresa e preocupação a repercussão dos comentários feitos pelo Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na Convenção Nacional da Confederação dos Transportadores Autônomos (CNTA), realizada na última quarta-feira (6).
Em alguns comentários o ministro fala sobre a “determinação do presidente Bolsonaro: facilite a vida do usuário, facilite a vida do cidadão”. O ministro falou ainda que “vamos acabar com esse troço”, referindo-se ao simulador de direção.
Essa manifestação do ministro nos parece equivocada e precipitada. É claro que o processo de habilitação precisa se modernizar e evoluir, e nesse contexto o uso simulador de direção é, sim, um assunto complexo e que deve ser rediscutido para a avaliação de sua eficácia e constante aprimoramento dessa ferramenta tecnológica e pedagógica.
Que fique claro, o Sindautoescola.SP não está se posicionando a favor ou contra a obrigatoriedade do simulador de direção. O que estamos defendendo é uma melhor avaliação de todos os fatores envolvidos no processo de habilitação, com o objetivo de proporcionar a devida e necessária atualização e modernização do processo de formação de condutores.
O ministro poderia buscar mais informações junto aos especialistas e técnicos da área de trânsito, bem como a Universidade Federal de Santa Catarina, responsável pelos estudos e pesquisas para implantação do simulador de direção no Brasil.
O Sindicato continuará atento a essas movimentações que estão correndo no governo federal e no governo estadual, com o propósito de representar os interesses legítimos do nosso setor, assim como de aprimorar todo o processo de formação de condutores no país.
Fonte: www.sp.sindautoescola.org.br