Nota à imprensa

12 de Fevereiro de 2019

A ANFASP – Associação Nacional de Fabricantes de Simuladores Profissionais – vem a público expressar sua preocupação com a manifestação do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na Convenção Nacional da Confederação dos Transportadores Autônomos (CNTA), realizada na última quarta-feira (6). O representante do governo federal comunicou que pretende acabar com a exigência de simulador de autoescola, entre outras medidas, para cumprir um objetivo macro de desburocratizar os processos para obtenção da CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

A entidade acredita que, em nome de supostos processos mais facilitados, a população não possa ficar vulnerável nos aspectos que envolvem segurança, bemestar social e aumento dos índices de mortes no trânsito. Os simuladores profissionais usados nos métodos de aplicação prática do conhecimento adquirido nas aulas teóricas são fundamentais para a melhora do desempenho real do motorista.

De acordo com Renata Herani, Presidente do Conselho Deliberativo da ANFASP, “o uso do simulador veicular aumenta a segurança no trânsito porque o equipamento treina o autocontrole e a segurança dos condutores em situações que simula a realidade das ruas e estradas e rodovias, proporcionando ao aprendiz vivenciar situações de conduzir um veículo automotor em condições adversas muito difíceis de obter na prática, tais como: conduzir com chuva forte, neblina e aquaplanagem; realizar ultrapassagens; conduzir em rodovia em trânsito intenso e praticar manobras para evitar acidentes”. O equipamento permite, ainda, melhor fixação dos conteúdos aprendidos no curso teórico, uma vez que os alunos são impactados com alertas a cada infração e/ou erro cometido durante o trajeto e recebem relatórios de erros de conduta ao final das aulas.

O simulador não é responsável por tornar mais lento o processo de obtenção da CNH. Ao contrário disso, exatamente por possibilitar ao aluno fazer aulas noturnas em qualquer horário do dia, treinando sua segurança sem se expor aos riscos dessa prática nas vias públicas, a tecnologia acelera o processo de obtenção do certificado.

Segundo o Ministro da Infraestrutura, a proposta do seu Ministério também tem como objetivo a diminuição dos custos para o trabalhador que deseja conquistar a CNH. Nesse aspecto, a ANFASP informa que o valor do investimento financeiro para o aluno não sofre alteração com o uso dos simuladores, pois não há aumento da carga horária de aulas. O que ocorre é uma substituição, ou seja, em vez de fazer todas as aulas práticas em vias públicas, parte delas são aplicadas no simulador. Inclusive, estudos realizados no Rio Grande do Sul, comprovam que houve redução no custo médio para a obtenção da CNH, por conta da diminuição do número de aulas práticas realizadas pelos alunos, já que o índice de aprovação no exame prático aumentou.

O tema já foi amplamente debatido desde 2009 em Câmaras Temáticas, Fóruns Consultivos e em diversas Audiências Públicas realizadas na Câmara Federal. O Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) visitou diferentes DETRANs de todo o país, além de Sindicatos de Autoescolas locais, para que as particularidades regionais fossem contempladas com a regulamentação do simulador. Já no âmbito acadêmico, a Universidade Federal de Santa Catarina realizou debates e promoveu discussões envolvendo a Federação Nacional das Auto Escolas e Centro de Formação de Condutores (FENEAUTO), sindicatos regionais e autoescolas.

Tecnologia aplicada

As aulas no simulador foram desenvolvidas por especialistas em educação de trânsito, pedagogos, médicos, psicólogos, engenheiros de tráfego, climatologistas, desenvolvedores 3D, matemáticos e físicos. Sendo assim, com base em todo o conteúdo teórico que o aluno deve aprender, esses profissionais adaptaram a grade pedagógica de forma que o condutor desenvolva suas habilidades motoras e sensoriais para agir corretamente em cenários rotineiros e situações adversas, que vão desde a verificação da manutenção e das condições das peças e comandos do carro (bem como o uso dos pedais, marchas e regulagem da acomodação), até estacionar e conduzir o veículo em aclives e declives.

O conteúdo educativo disponível no simulador é eficaz também no treinamento, capacitação, aprimoramento e reciclagem de motoristas. O equipamento é também uma excelente ferramenta, principalmente para quem tem medo de dirigir ou se sente inseguro em enfrentar determinadas situações nas ruas.

O simulador e a segurança no trânsito

A Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, conta com o National Advanced Driving Simulator (NADS), órgão especializado em simulação da realidade e parceiro do Departamento de Transportes dos Estados Unidos. A NADS realiza pesquisas que comprovam a eficácia de simuladores profissionais. Entre os resultados apresentados, há a redução de até50% no número de ocorrências envolvendo jovens no trânsito.

No Brasil, no Estado do Acre, o índice de reprovação dos aspirantes a motoristas caiu 68% desde que passaram a ter acesso às aulas por meio de simulação. Para o DETRAN/SP, os simuladores de direção tornaram-se fundamentais no aprendizado dos condutores. Referência em evoluções tecnológicas no processo de formação de condutores, o Rio Grande do Sul foi um dos primeiros a implementar os simuladores e confirma seus benefícios. Segundo o DETRAN/RS, o número de mortos em acidentes de trânsito caiu 20% nos últimos cinco anos. O órgão aponta a simulação virtual como um dos fatores que influenciaram na melhoria do trânsito local.

A ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), em setembro de 2013, aproveitou o “X Congresso Brasileiro sobre Acidentes de Tráfego” para submeter os simuladores veiculares à avaliação dos associados. Para tanto, os participantes, médicos e psicólogos em sua maioria, realizaram uma avaliação do simulador veicular por meio de uma pesquisa, após terem utilizado o equipamento. 94% de médicos e psicólogos disseram acreditar que o uso dos simuladores de direção ajuda na formação de novos condutores; 77% acreditam que os alunos se sentiriam mais seguros para ingressarem nas aulas prática; 62% acreditam que os equipamentos simulam situações de risco que não são vivenciadas durante as aulas práticas e 55% consideram que cinco aulas obrigatórias estão abaixo do número ideal. A pesquisa ainda revelou que o uso dos simuladores capacita o aprendiz e torna-o até 90% pronto para a obtenção da CNH, na medida em que desenvolve habilidades motoras e sensoriais, além de possibilitar que o candidato enfrente situações que dificilmente podem ser reproduzidas nas aulas práticas.

Uso global

Estados Unidos, Austrália, Reino Unido, Nova Zelândia, Holanda, Espanha, Japão, Tailândia, China, França, Portugal, República Tcheca, Irlanda, Rússia e Eslováquia são alguns dos países que utilizam os simuladores na formação de seus condutores e tiveram queda significativa no número de acidentes entre novos motoristas. Os órgãos reguladores dessas nações perceberam que o aprendizado por meio da condução simulada é a melhor alternativa para formar condutores conscientes e que não ofereçam grandes riscos ao trânsito, uma vez que foram treinados em situações controladas, mensuradas e seguras. A própria equipe da Segurança Nacional do governo federal brasileiro é treinada há três anos com o simulador veicular, para aprendizagem de manobras de direção defensiva. No Estado da Bahia, a EPTRAN (Escola Pública de Trânsito) adaptou dois simuladores em um ônibus itinerante que leva o treinamento até as cidades mais carentes. Muitas entidades no Brasil também utilizam o simulador para o treinamento de seus motoristas, como Vale do Rio Doce, Marinha, Corpo de Bombeiros, entre outras.

Facilidade na aquisição

As empresas fabricantes dos simuladores profissionais, preocupadas em atender toda demanda do mercado, adotaram planos de negócios capazes de se sustentar a longo prazo e, assim, flexibilizar a aquisição do simulador aos proprietários de autoescolas. Desta forma, para suportar o modelo, os fabricantes adotaram acordos comerciais com diluição de receita a longo prazo.

Atualmente, são mais de 6,5 mil simuladores contratados no Brasil e mais de 6 milhões de alunos formados com essa tecnologia, sendo que 80% dos Estados brasileiros já tem o uso do simulador obrigatório e em operação.

Sobre a ANFASP

A ANFASP reúne companhias que têm a simulação da realidade como objetivo principal de sua atuação, seja para formação, capacitação ou treinamento. O principal foco é contribuir com o desenvolvimento do segmento no Brasil; propagando seus benefícios, fortalecendo o conceito de simulação, que gera economia e eficiência na aprendizagem; gerando benefícios econômicos e pedagógicos e garantindo os direitos aos profissionais, clientes e beneficiados pelas empresas fabricantes de simuladores.

Hoje, a ANFASP concentra os cinco maiores fabricantes de simuladores profissionais do Brasil que, juntos, já investiram em desenvolvimento e implantação mais de R$ 400 milhões, possuem mais de 450 empregos gerados diretamente e cerca de 500 indiretos. Os fabricantes de simuladores profissionais no Brasil geram folhas de pagamento mensais na casa de R$ 2 milhões e, indiretamente, possuem fornecedores de pequeno e médio porte.


Informações à imprensa

Thais R Croitor – Sustentar Comunicação Estratégica

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11. 94768.5814 – 11. 2427.9303

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